DIMINUIÇÃO DO DESEJO SEXUAL

“Estou sempre dando uma desculpa para não ter sexo”.

“Às vezes quando meu marido vem para a cama eu finjo que já estou dormindo”.

“Finjo ter tido orgasmo para que a relação termine mais depressa”.

“Nosso filho pequeno dorme na nossa cama. Ele tem dificuldade para dormir no quarto dele”.

Estes são os argumentos mais comuns entre as mulheres que se queixam de uma diminuição ou ausência do desejo sexual, embora os homens também possam trazê-los. Esta queixa pode ter como causa, tanto uma diminuição da produção de hormônios quanto problemas emocionais, depressão, brigas e mágoas no relacionamento conjugal, podendo também ser uma consequência de outras disfunções.

Nos últimos anos tem crescido consideravelmente o número de mulheres que buscam ajuda de um psicólogo, sexólogo ou ginecologista alegando uma desmotivação para o sexo. Normalmente apresentam  dificuldades em falar abertamente sobre o assunto com seus parceiros, talvez por  receio de colocar em risco a estabilidade do relacionamento conjugal.

A diminuição do desejo sexual aparenta existir em pelo menos 30% da população feminina e pode ocorrer por vários fatores. Dentre os fatores orgânicos estão os desequilíbrios hormonais, como, por exemplo, um aumento da prolactina ou uma diminuição da testosterona ou do androgênio. No entanto, nenhuma mulher com desequilíbrio hormonal precisa sofrer por isso, pois existem medicamentos como os hormônios de reposição hormonal que podem resolver essa questão.

É importante que a mulher faça uma consulta com seu ginecologista para verificar se existe alguma infecção vaginal, pois na existência dela a mulher pode sentir grande desconforto durante a penetração e isso fazer com que seu desejo sexual diminua, levando-a a uma desmotivação.

Outro fator importante a ser verificado é a Depressão. Não é raro uma mulher se queixar de diminuição do desejo sexual e existir na verdade uma desmotivação para quase tudo no seu dia-a-dia, fazendo tudo por obrigação, inclusive o sexo. O indicado nesse caso é o tratamento psicoterápico muitas vezes acompanhado de algum antidepressivo.

É sabido, no entanto, que muitos desses medicamentos podem interferir no desejo sexual, levando à diminuição do mesmo ou a uma dificuldade de obter o orgasmo. Por isso é importante que a medicação seja indicada por um psiquiatra, que poderá prescrever um antidepressivo que interfira menos, ou até mesmo, que não interfira nessas respostas sexuais. De qualquer forma, é importante darmos atenção primeiramente ao quadro da Depressão. Pois, muitas vezes se a queixa sexual é consequência dela, quando tratada, o desejo sexual pode se restabelecer assim como a motivação para a vida de modo geral.

Outros fatores que podem levar a essa queixa são os sociais , psicológicos e, principalmente, os advindos do relacionamento conjugal. Esses sim, parecem ter uma contribuição muito direta na diminuição do desejo sexual.

A forma repressiva com que a mulher é educada pode trazer consequências negativas para sua sexualidade. Enquanto o homem é educado para buscar o sexo, a mulher é educada para evitá-lo  e assim não aprende a desejá-lo e nem a gostar do sexo. Como algo proibido ela passa a ter dificuldade em admitir seu desejo e que pode tirar algum prazer dele. Não se permitindo tal desfrute ela acaba se desmotivando. Além dessa questão, a mulher não é incentivada a conhecer e a descobrir seu próprio corpo. Desta forma podemos pensar que ela  não é educada para gostar de sexo, já que ele é apresentado como algo que ela não tem direito.

Muitas vezes nesse processo de educação, desde criança a mulher aprende a se defender dos homens, por serem orientadas de que os mesmos são vistos como ameaça à sua integridade. Se a mulher aprende a não ter direito ao sexo e a não se entregar ao homem fica mesmo difícil pensar na possibilidade de entrega, relaxamento e aconchego necessários para um bom relacionamento sexual.

Outro fator que costuma ser responsável pela diminuição do desejo sexual é o fato da mulher , muitas vezes, confundir seu lado maternal com o sexual; pois assim fica estabelecido um conflito entre esses dois papéis, agindo como se fossem  incompatíveis. Após o parto pode haver tanto uma diminuição da libido quanto uma depressão, pois a mulher passa por fortes variações hormonais, responsáveis por esses fatores.

Em alguns casos o casal pode passar por alguns conflitos ainda durante a gravidez. Não é raro a mulher se ver e ser vista por seu marido como uma pessoa pura, destituída de qualquer atrativo e desejo sexual. Passa a ser apenas mãe e não mais uma mulher.

Traumas de infância, abuso sexual , sentimento de culpa também podem ser causa da diminuição do desejo sexual.  No entanto, a principal causa desta disfunção sexual parece realmente estar na qualidade do relacionamento conjugal. Um relacionamento onde há desrespeito e hostilidade, não dá lugar a um sexo de boa qualidade. Como tudo que não é bom tendemos a deixar de fazer, instala-se aí a queixa em questão.

Desentendimentos, divergências de opiniões, maneiras diferentes de educar os filhos. Tudo isso pode até existir em um relacionamento conjugal. No entanto, quando o casal consegue dialogar, acaba encontrando uma maneira de lidar com as situações, sem grandes problemas. Ao invés disso, quando existe uma  imposição de uma das partes para que suas idéias prevaleçam e até mesmo conversas agressivas que acabam virando brigas entre o casal, o desejo sexual é o primeiro a se diluir. Com a continuidade dessa situação, naturalmente o desejo sexual vai diminuindo com o tempo, além de causar um desgaste no relacionamento conjugal.

Assim, torna-se imprescindível a busca por uma Terapia, que pode ser individual ou conjugal, conforme o caso, para que esses aspectos sejam trabalhados a fim de que o desejo sexual seja restabelecido.
 

Após avaliação e proposto o trabalho, as inseguranças pessoais, os conflitos, o relacionamento conjugal e outros fatores que possam interferir no desejo sexual, são investigados e trabalhados.

Não se pode esquecer da investigação hormonal. É importante trabalhar a assertividade, o auto-conhecimento, as repressões sexuais, a auto-estima, a auto-confiança e todos os outros fatores responsáveis pela queixa.

É imprescindível a análise de um profissional para um tratamento eficiente. Ligue agora e marque sua consulta. (31) 3282-5661